29 de mai. de 2009

Quase que acaba.

Instantes macabros tornam sua vida próxima do fim. Aqueles segundos quase fatais se transformam em horas de horror, em que você espera o final nas mão invisíveis do destino. O julgamento abstrato. Sem juíz. Só você, sem você. Só instinto. Só defesa, sobrevivência.

De repente acabou. E você ainda está aqui.

O corpo dói. A mente dói. A alma dilacerada. Mas você está vivo.
Então você revive.
Se torna visível.
E tudo a sua volta se transforma.
Os olhos veem diferente. E tudo faz sentido. A vida toma forma e ganha um companheiro.
O medo.

6 de mai. de 2009

O TEMPO NÃO SE PERCEBE

O TEMPO é uma coisa engraçada.
Ele tem uma propriedade muito interessante que ele mesmo, o TEMPO, me ensinou a enxergar.

O TEMPO sutilmente separa as pessoas.
De repente, um bom TEMPO depois de convivência, as pessoas se separam.
De repente, o excesso de convivência  revela algo que cansamos de ver umas nas outras.

Pensava que o TEMPO aproximava as pessoas, juntava, unia.
Achava que com o TEMPO os amores se tornavam mais sólidos. Mais profundos.
Mas não é assim.
Com o TEMPO os amores mudam de foco.
Como um círculo de amores dividido por grau de importância.

Saudade e TEMPO deveriam ser sinônimos.